Pessoal, neste artigo vou buscar de maneira objetiva, descrever um pouco sobre as versões Standard Edition One (SEO), Standard Edition (SE), Enterprise Edition (EE) e Express Edition (XE).
Express Edition (XE)
Versão mais simples e que traz o básico do banco de dados Oracle. Normalmente usada para desenvolvimento de aplicativos ou para pequenas aplicações que não exigem controle, tampouco disponibilidade.
Principais vantagens da versão XE
– Fácil instalação;
– É a única versão com pacote para instalação no Ubuntu ( ou derivados do Debian )
– Versão FREE, não podendo seu utilizada para uso comercial.
Limitações
Além de diversas ferramentas que faltam na versão XE, podemos destacar as principais limitações:
– Usa apenas 1 processador;
– Armazena até 10 GB;
– E não usa mais que 1GB de RAM;
Obs : É possível instalar o Oracle SE, SEO e EE no Debian, porém não é homologado e é muito provável que ocorram erros.
Standard Edition One – SOE
Esta versão é normalmente adotada por pequenas empresas com pouca necessidade computacional do seu banco de dados e que não precisam de alta disponibilidade.
Podemos dizer que a versão SEO é para empresas que não pretendem gastar muito com licenciamento mas que enxergam possibilidade de crescimento, visto que esta versão é compatível com as versões maiores e possibilita o crescimento.
Principais vantagens da versão SEO
– Possibilita o uso do ASM para gerenciamento de arquivos do oracle;
– Possibilita o uso do OEM para análise do banco e rotinas administrativas;
– Instalação em Windows, Unix e Linux;
Formas de licenciamento
– Licenciamento por usuário nomeado (NUP): com no mínimo 5 NUPs e com o limite de 2 sockets de processador. Em miúdos, você pode ter uma máquina com até dois processadores para usar esta versão.
– Licenciamento por socket, onde é pago licença por processador
Veja mais sobre a versão Standard One em: http://www.oracle.com/us/products/database/standard-editon-one-066500.html
Standard Edition – SE
Versão ideal para empresas que necessitam de alta-disponibilidade, alto processamento e baixo custo. A versão Standard permite o uso da tecnologia RAC, desde que se respeite suas limitações de licença.
A versão SE é totalmente compatível com as outras.
Vantagens da versão SE
– Possibilita o uso do ASM para gerenciamento de arquivos do oracle;
– Possibilita o uso do OEM para análise do banco e rotinas administrativas;
– Possibilita o uso do RAC para alta disponibilidade;
– Instalação em Windows, Unix e Linux;
– Maior capacidade computacional em comparação com a SEO ( mais sockets );
Formas de licenciamento
– Licenciamento por usuário nomeado (NUP), com no mínimo 5 NUPs por processador e no máximo 4 sockets. Em miúdos, você pode ter uma máquina com até quatro processadores para usar esta versão.
– Licenciamento por socket, onde é pago licença por processador.
Diferenças entre o SEO e o SE
Vantagem do SEO: Baixo Custo.
Vantagens do SE: Alta disponibilidade (RAC já incluído no valor da licença), 4 sockets no total (dobro do SEO).
Veja mais sobre a versão Standard em: http://www.oracle.com/us/products/database/standard-edition/overview/index.html
Enterprise Edition – EE
Essa é a versão onde é possível explorar todo o poder do Oracle Database. É a versão que contempla todas as Features, e também tem suporte para usar os vários opcionais (Options) disponíveis.
A versão Enterprise Edition é recomendada para empresas que trabalham com aplicativos de missão crítica, que precisam de alta disponibilidade, facilidade no crescimento e alta performance.
Podemos dizer que na versão EE existem funções que auxiliam muito aos administradores na hora de verificar gargalos de sistema e o próprio Oracle propõe (quando não implementa automaticamente) soluções.
Vantagens da versão EE
No Oracle Database temos 2 termos muito importantes de serem compreendidos: Features e Options.
– Features: são recursos/funcionalidades já inclusas na versão do Database.
– Options: são recursos opcionais, e por isso exigem licenciamento adicional. As Options só podem ser utilizadas na versão EE, ou seja, as licenças SE e SEO não permitem a adição de Options.
Vejam algumas Features e Options abaixo.
– Database Resource Manager, para priorização do uso de recursos;
– Dataguard, para criação de sites de contingência;
– Data compression, para compactação de dados;
– Fine grained Auditing, para fazer auditoria customizada e específica;
– Virtual private servers, para controlar quais dados e quando estes podem ser acessados;
– Advisors, que informam o DBA de gargalos, falhas e que propõe soluções para os problemas;
– Particionamento de tabelas, onde os dados podem ser espalhados e aumentar a performance;
A versão EE é a versão com mais recursos de todas as apresentadas e a que traz maior autonomia para o servidor de banco.
Formas de licenciamento
– Por NUPs, onde é requerido no mínimo 25 usuários por processador;
– Por cores (núcleos), onde existe uma complexa regra de cálculo de valores;
Veja mais sobre a versão Enterprise em: http://www.oracle.com/us/products/database/enterprise-edition/overview/index.html
Cálculo de licenças por Processador
Para as edições Standard e Standard One, o cálculo de licenças por processador é bem simples: é necessário uma licença para cada processador físico, ou seja, por socket na placa-mãe.
Para a versão Enterprise, a Oracle tem uma regra para calcular o custo de licença por processador.
Diferente das regras da SEO e da SE, a EE tem um fator de cálculo para cada processador, ou seja, se você tem dois processadores não vai pagar necessariamente duas licenças.
Como calculo o valor de licença por processador? A fórmula é: Número de sockets X Quantidade de núcleos por processador X fator = número de licenças
Vamos pra um exemplo, pra facilitar o entendimento? Imagine o seguinte servidor:
4x Processadores AMD Opteron com 6 cores cada.
Seu custo de licença seria:
4 x 6 x 0.5 = 12 (ou seja, 12 licenças EE)
12 x US$47.500,00 (custo por licença) = US$570.000,00
Dartanghan, de onde você tirou esse 0,5?
Da tabela de fatores da oracle, que pode ser encontrada em: http://www.oracle.com/us/corporate/contracts/processor-core-factor-table-070634.pdf
Nesta tabela temos também os valores para single core e outros processadores existentes no mercado.
Onde encontro os valores das licenças?
www.oracle.com/us/corporate/pricing/technology-price-list-070617.pdf
Em resumo o licenciamento Oracle é super complexo e requer uma análise criteriosa do objetivo e do ambiente do cliente.
Antes de escolher a versão, se pergunte:
– Minha aplicação é crítica?
– Preciso de contingência ou de alta disponibilidade?
– Vou comprar máquina ou usar as que tenho?
Custo Usuário x Processador
Dúvida muito frequente ao adquirir uma licença Oracle: licenciar por usuário nomeado (NUP) ou por processador? Até quantos usuários vale a pena licenciar pela modalidade “usuários nomeados”?
Ao licenciar as edições Standard e Standard One, apesar da Oracle divulgar valores por usuário, só é possível licenciar em pacotes de 5 em 5 usuários. Portanto, o mínimo de usuários licenciados nesta modalidade é 5. A partir daí, sempre em pacotes de 5 em 5: 10, 15, 20 e assim por diante. Já na edição Enterprise, o licenciamento é feito em pacotes de 25 usuários.
Calculando os valores de licenciamento por usuário nomeado e comparando com os valores por processador, profissionais das áreas Comercial e Pré-Venda chegaram à seguinte conclusão: o custo de licenciamento por usuário nomeado vale a pena para o cliente em no máximo 3 pacotes de usuários. Ou seja: no máximo 15 usuários nas edições Standard e Standard One (3 pacotes de 5 usuários) ou no máximo 75 usuários na edição Enterprise (3 pacotes de 25 usuários).
A partir do quarto pacote já ultrapassa o valor do licenciamento por processador – o que é muito mais vantajoso, já que o licenciamento por processador não tem limite de usuários.
Lembrando mais uma vez que no caso específico da edição EE (Enterprise) o cálculo da licença por processador NÃO é feita por socket, e sim por núcleo, no trecho mais acima, neste mesmo artigo, explica como fazer o cálculo. Nas edições SE e SEO o licenciamento é por socket, ou seja, por processador físico na placa-mãe.